O atacante Sassá, do Ipitanga, é um dos destaques do Campeonato Baiano. Chama a atenção por ser folclórico, mas também por ser bom de bola e é preciso que essa característica seja mais valorizada para não prejudicá-lo e causar o desperdício de um grande talento. Pelo segundo ano consecutivo, o garoto vem liderando a artilharia do Campeonato Baiano. No ano passado, foi o artilheiro com 13 gols e neste ano já fez oito e ainda tem 22 anos. O feito ainda deve ser mais enaltecido, pois ele defende o Ipitanga, que está lutando contra o rebaixamento desde o ano passado.
Quando vejo o personagem Sassá, com aquela risada exótica, o que enxergo de verdade é um menino que corre atrás do sonho de ser um grande jogador profissional. Você lembra do Jacozinho? Ele se destacou no futebol alagoano e ficou muito conhecido pelas suas brincadeiras e tiradas engraçadas. O que acabou ofuscando a sua qualidade como grande jogador que foi. Temo que Sassá passe pelo mesmo. Até por isso, hoje em dia, a maioria dos atletas de ponta tem profissionais da comunicação responsáveis por trabalhar as suas imagens.
Vejo muita qualidade e torço por esse rapaz humilde, que nasceu em Caldeirão do Mulato, no povoado do município de Antônio Gonçalves, e que defendeu, assim como eu, a seleção da minha cidade, Senhor do Bonfim, no Intermunicipal. Será que ele não teria condições de jogar em um grande clube, como o Bahia ou o Vitória? O que é que você acha?
Quando comecei a jogar futebol, na Catuense, todo mundo tirava sarro com o meu apelido, chamava de bobo. Há pouco tempo, o Vitória apostou em Neto Berola, que se destacava no Baiano pelo Itabuna, mas também era ironizado por muitos. O jogador mostrou qualidades, Luxemburgo gostou, levou para o Atlético, e hoje ele está muito bem no time mineiro. Vale a pena seguir o exemplo.
Bobô
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