domingo, 28 de agosto de 2011

Massacres de Manchester

Sempre deveriam passar grandes jogos na TV quando você está de repouso em casa por causa de uma gripe. E hoje eu dei muita sorte. A gripe piorou logo no dia da rodada dos clássicos do Campeonato Brasileiro, que acontecerão mais tarde, mas acho até difícil que superem os confrontos da manhã deste domingo pelo Campeonato Inglês. Quando acordei, já me preparei para assistir aos jogos do Manchester City, contra o Tottenham, e do Manchester United, contra o Arsenal. Imaginei que seriam dois jogões equilibrados, embora as equipes de Manchester fossem superiores. Não foi o que aconteceu. Mas valeu a pena ver duas atuações fantásticas e verdadeiros massacres. Primeiro, o City goleou o Tottenham por 2 a 1, e parecia ser o grande destaque da rodada. No entanto, o United humilhou o Arsenal, vencendo por 8 a 2.

O Manchester City me surpreendeu positivamente. Ainda não tinha assistido a uma partida inteira do time neste temporada e as tabelas e trocas de posições entre David Silva, Aguero e o estreante Nasri fora empolgantes. A atuação de Dzeko também foi memorável. Lembrando a época em que brincava de fazer gol pelo Wolfsburg, da Alemanha, o centroavante fez três gols de exímio finalizador e mais um gol, o quarto, este sim um golaço, de fora da área. Aguero marcou o outro gol do City, enquanto Kaboul marcou o único do Tottenham.

No jogo seguinte, o Manchester United precisou de 22 minutos para abrir o placar, com Welbeck. Depois aconteceu um lance chave para a partida. O Arsenal teve um pênalti a seu favor, Van Persie cobrou e o goleiro De Gea, que já vinha sendo questionado pelas primeiras atuações como substituto de Van der Sar defendeu. Logo em seguida, Ashley Young fez um golaço, chutando colocado de fora da área, ampliando para 2 a 0. Depois, Rooney, em cobrança de falta ensaiada, fez o terceiro. No final do primeiro tempo, Walcott diminuiu para o Arsenal.

A vantagem,entretanto, voltou a ser ampliada na segunda etapa, quando Rooney voltou a cobrar falta depois com a bola rolada e acertou no outro canto do goleiro, ampliando. Na sequencia, Nani deu uma cavadinha, emcobriu o arqueiro e ampliou para 5 a 1. Depois, foi a vez de Park marcar o sexto. Foi quando o Arsenal voltou a dar sinais de vida com o gol de Van Persie.

O placar de 6 a 2 já era humilhante, mas dois dos protagonistas do jogo ainda não tinham saciado a fome de gols. Primeiro, Rooney, bateu pênalti e fez o terceiro na partida. Por fim, Ashley Young marcou o segundo dele e o oitavo do Manchester e o placar ficou definido com um 8 a 2.

Os dois times de Manchester dividem a liderança do Campeonato Inglês, com nove pontos e 100% de aproveitamento. Pelo que andam fazendo e pelos jogadores que têm no elenco, mostram que o troféu tem boas chances de continuar em Manchester. Resta saber se com o United ou com o City.
Tottenham: Friedel, Corluka, Dawson, Kaboul e Assou Ekotto; Modric (Livermore), Kranjcar (Huddlestone), Aaron Lennon (Defoe) e Bale; Van der Vaart; Peter Crouch.
Manchester City: Hart, Zabaleta (Micah Richards), Lescott, Kompany e Clichy; Yaya Touré, Barry, David Silva, Nasri; Aguero (Savic) e Dzeko.

Manchester United: De Gea, Smalling, Jones, Evans e Evra; Cleverley, Anderson (Ji Sung Park), Nani (Ryan Giggs) e Ashley Young; Wayne Rooney e Wellbeck (Javier Hernandez).
Arsenal: Szczesny, Jenkinson, Djourou, Koscielny e Traore; Ramsey, Coquelin (Oxlade-Charmberlain), Rosicky, Walcott (Lansburry); Ashavin e Van Persie (Chamakh). 

LEANDRO SILVA
é jornalista esportivo e escritor, autor do livro A União de uma Nação, sobre o título brasileiro de 1988, conquistado pelo Bahia, e escreve para o blog
www.leandrosilva81.blogspot.com .No twitter @leandrosilva81

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Conheça os grupos da Liga dos Campeões da Europa

Nesta quinta-feira, foram sorteados os grupos da primeira fase da Liga dos Campeões da Europa. O Grupo A é o mais equilibrado, pois reuniu equipes das quatro ligas mais importantes do continente: Inglaterra, Espanha, Itália e Alemanha. Saiba como ficaram os grupos e conheça mais as equipes:

Grupo A
É o mais equilibrado. Bayern de Munique, Manchester City e Napoli deverão lutar, ponto a ponto, pelas duas vagas, mas não se pode esquecer do Villarreal, da Espanha.
Bayern de Munique
O Bayern ainda mantém a base da equipe vice-campeã da Liga em 2009/2010. Os destaques Robben, Ribery, Schweinsteiger, Lahm e Thomas Muller continuam, agora bem reforçados por Neuer, Rafinha e Boateng. O brasileiro Luiz Gustavo, que chegou no ano passado é um dos grandes nomes da equipe.
Time-base: Neuer, Rafinha, Jerome Boateng, Tymoschuk e Lahm; Luiz Gustavo, Schweinsteiger, Ribery, Robben; Thomas Muller e Mario Gomez. 
Manchester City
O Manchester City, enfim, conseguiu chegar à Liga dos Campeões, nesta fase milionária. Aguero, principalmente, e Nasri são grandes reforços. Se Tevez ficar e o técnico Mancini conseguir uma forma de jogar com os dois argentinos juntos, o time fica muito forte.
Time-base: Joe Hart, Micah Richards, Kompany, Lescott e Clichy; Yaya Touré, Nigel de Jong, Nasri e David Silva; Aguero e Dzeko. 
Napoli:
O Napoli não deu sorte no sorteio. Caiu em um grupo muito difícil, mas vai dar trabalho e lutar por uma das vagas graças, principalmente, ao trio ofensivo formado por Hamsik, Lavezzi e Cavani. Inler, ex-Udinese, foi a grande contratação da temporada.
Time-base: De Sanctis, Paolo Cannavaro, Campagnaro e Grava; Maggio, Gargano, Inler e Andrea Dossena; Hamsik; Lavezzi e Cavani
Villarreal:
Teria mais chances de classificação em outros grupos. É o azarão da chave, mas não deve fazer feio. Nilmar e Giuseppe Rossi continuam sendo os grandes destaques, além do goleiro Diego Lopez. O zagueiro colombiano Cristian Zapata, ex-Udinese, foi uma ótima contratação.
Time-base: Diego Lopez, Cristian Zapata, Marchena e Oriol; Bruno, Marcos Senna, Borja Valero e Cani; Camuñas, Giuseppe Rossi e Nilmar.

Grupo B
Seria um grupo mais equilibrado com a presença do Fenerbahçe, que foi substituído pelo Trabzonspor, grande candidato a lanterna da chave. A Internazionale de Milão é a grande favorita ao primeiro lugar enquanto CSKA Moscou e Lille devem brigar pela segunda vaga.
Internazionale:
A Internazionale vem mais fraca do que nas últimas temporadas, por causa da perda de seu principal atacante, Samuel Eto´o. Se contratar um jogador como Tevez ou Forlan passa novamente a ter uma equipe muito forte.
Time-base: Julio César, Maicon, Lúcio, Ranocchia e Zanetti; Thiago Motta, Cambiasso, Sneijder e Dejan Stankovic; Pandev e Pazzini.
CSKA Moscou:
O CSKA mantém uma base antiga, com destaques como Akinfeev e Vagner Love. O japonês Honda precisa superar alguns problemas de relacionamento com o treinador para jogar tudo que sabe e tornar a equipe mais forte.
Time-base: Akinfeev, Nababkin, Ignashevich, V.Berezutski e A.Berezutski; Aldonin, Honda, Tosic e Dzagoev; Vagner Love e Doumbia
Lille:
O campeão francês perdeu um de seus principais jogadores, Gervinho, mas o artilheiro do campeonato francês da temporada passada, Moussa Sow, segue ao lado de Hazard e ganha a companhia de Payet. Na defesa, o clube perdeu, ainda, Rami, que foi para o Valencia.   
Time-base: Landreau, Debuchy, Basa, Chedjou e Beria; Balmont, Mavuba e Pedretti; Payet, Moussa Sow e  Hazard. 
Trabzonspor:
Depois de ser eliminado ao perder para o Benfica, ganhou a vaga direta na fase de grupos com a eliminação do Fenerbahçe, campeão turco. Não deve complicar a vida dos outros concorrentes da chave.
Time-base: Zengin; Serkan, Giray, Glowacki e Celutska; Colman, Didier Zokora, Alanzinho e Mierzejewski; Paulo Henrique e Halil Altintop

Grupo C
Manchester United, atual vice-campeão, e Benfica não deverão ter dificuldades para superar Basel e Otelul. O Manchester é o favorito ao primeiro lugar da chave.
Manchester United
Atual vice-campeão, o Manchester perdeu a experiência e a qualidade de Van der Sar e Scholes, aposentados, mas conta com a qualidade e a juventude de jogadores como Cleverley, Nani, Ashley Young e Hernandez, além de Wayne Rooney, que recuperou o bom futebol na temporada passada.
Time-base: De Gea, Rafael, Rio Ferdinand, Vidic e Evra; Cleverley, Anderson, Nani e Ashley Young; Hernandez e Rooney.
Benfica
O time do Benfica ainda conta com grandes jogadores como Oscar Cardozo, Saviola, Aimar e Maxi Pereira. Deve ficar com uma das vagas do grupo.
Time-base: Artur, Maxi Pereira, Luisão, Garay e Capdevilla (Emerson); Javi Garcia, Gaitan e Aimar; Nolito, Saviola e Oscar Cardozo.
Basel
Favorito para ficar com a vaga na Liga Europa, o Basel tem jogadores experientes como Streller e Alexander Frei.
Time-base: Sommer,Ajeti, Abraham, Radoslav Kovac e Dragovic; Cabral, Huggel, Chipperfield e Yapi Yapo;Streller e Frei
Otelul Galati
Grande candidato à lanterna do grupo.

Time-base: Branet, Rapa, Zoran Ljubinković, Benga e Sarghi;  Paraschiv, Filip, Iorga, Ibeh; Daniel Chavez e Punoševac
 
Grupo D
O Real Madrid é o grande favorito ao primeiro lugar do grupo. Lyon e Ajax devem disputar a segunda colocação, com favoritismo para os franceses. O Dinamo Zagreb não deve ameaçar os concorrentes.
Real Madrid
O Real Madrid, semifinalista na temporada passada, manteve grande parte do time, sem perdas significativas e ainda ganhou reforços como Sahin e Fabio Coentrão. É um dos favoritos ao título da competição.
Time-base: Casillas, Sergio Ramos, Ricardo Carvalho, Pepe e Fabio Coentrão; Xabi Alonso, Khedira, Özil e Di Maria; Cristiano Ronaldo e Higuain.
Lyon
O Lyon de hoje lembra muito pouco aquela equipe quase imbatível em soo francês e que fazia boas campanhas na Liga dos Campeões, principalmente na fase de grupos, que contava com Juninho Pernambucano. Ainda assim, o time francês tem condições de passar de fase. O time ainda conta com o futebol dos brasileiros Cris, Michel Bastos e Ederson.

Time-base: Lloris, Reveillere, Lovren, Cris e Cissokho; Kim Kallstrom, Pjanic, Gourcouff e Michel Bastos; Gomis e Lisandro Lopez
Ajax
O Ajax perdeu Luis Suarez e o goleiro Stekelenburg e grande parte da sua força. O lateral Van der Wiel é um dos nomes interessantes da equipe.

Time-base: Vermeer, Van der Wiel, Ooijer, Vertonghen e Anita; Enoh,  Lodeiro, Eriksen,  Theo Janssen; Sulejmani e El Hamdaoui
Dinamo Zagreb
O time do brasileiro Sammir é a grande zebra da chave. 
Time-base: Kelava, Luis Ibañez, Tonel, Vrsalijko e Vida; Jerko Leko, Badelj, Kovacic e Sammir; Rukavina e Krstanovic.

Grupo E
O Chelsea é o favorito ao primeiro lugar da chave, enquanto Valencia e Bayer Leverkusen deverão brigar pela segunda colocação. O Genk, da Bélgica, deve apenas fazer figuração.
Chelsea:
O Chelsea não tem mais a mesma força de antes. É um time bastante previsível por muitas vezes, mas continua tendo grandes jogadores como Drogba, Fernando Torres e Lampard. Precisa encontrar novas formas de jogar e conciliar interesses de jogadores co muito nome.
Time-base: Cech, Bosingwa, Alex (David Luiz), John Terry e Ashley Cole; Ramires, Lampard, Juan Mata, Malouda; Drogba e Fernando Torres.
Valencia
O time espanhol deve travar um duelo interessante com o Bayer Leverkusen pela seguda vaga da chave. O goleiro Diego Alves foi uma ótima contratação, que fortalece a equipe para a temporada. Assim com a chegada de Sergio Canales, que busca mais espaço depois da saída do Real Madrid. Se embalar, Jonas levará perigo aos adversários.

Time-base: Diego Alves, Miguel, Maduro, Rami e Dealbert; Albelda, Banega, Sergio Canales e Pablo Hernandez; Jonas e Soldado.
Bayer Leverkusen
O Bayer perdeu uma peça muito importante que era o chileno Arturo Vidal, mas agora conta com um dos grandes nomes da nova geração alemã, o atacante Schurrle, que foi muito bem na temporada passada no Mainz.
Time-base: Adler, Gonzalo Castro, Reinhartz, Friedrich e Kadlec; Bender, Ballack, Simon Rolfes e Renato Augusto; Schurrle e Kiessling.
Genk
Deve apenas participar, sem representar ameaça para as outras equipes da chave.
Time-base: Koteles, Vanden Borren, Joneleit, José Nadson e Ngcongca; Hubert, Tozser, Nwanganga e Pudil; Buffel e Vossen

Grupo F
É um grupo bem equilibrado. O Borussia Dortmund, atual campeão alemão, é o principal favorito, mas a briga deve ser boa com, principalmente, Arsenal e Olympique de Marseille. O Olympiakos, da Grécia, é a zebra, mas pode aprontar.
Borussia Dortmund
O atual campeão alemão deveria ser a equipe mais fraca do grupo, pois saiu do pote 4. No entanto, parece ser o grande favorito a uma das vagas, embora saiba que terá dificuldades contra Arsenal e Olympique. O time perdeu Nuri Sahin, mas manteve destaques como Mario Götze, Kagawa e Lucas Barrios. 
Time-base: Weindenfeller, Piszczek, Subotic, Hummels e Schmelzer; Bender, Gundogan, Goskreutz e Mario Götze; Kagawa e Lucas Barrios.
Arsenal
O time inglês teve dificuldades para chegar à fase de grupos, as conseguiu superar a grande equipe da Udinese. Pegou uma chave equilibrada, mas tem condições de seguir em frente, mesmo após as saídas de Fábregas e Nasri.
Time-base: Szczesny, Sagna, Koscielny, Vermaelen e Carl Jenkinson; Song, Wilshere, Rosicky; Gervinho,  Walcott e Van Persie
Olympique de Marseille
O time francês caiu em um grupo complicado. A briga deve ser boa e tem chances de seguir. Andre Ayew é um dos destaques.

Time-base: Mandanda, Azpilicueta, Nkoulou, Diawara e Fanni; Alou Diarra, Lucho Gonzales, Kabore, Valbuena; Andre Ayew e Gignac.
Olympiakos
O time grego é a zebra da chave. Tem alguns nomes conhecidos como Mellberg, Riera, Yeste, Ibagaza e Pantelic.
Time-base: Constanzo, Marcano, Mellberg, Modestó, Torosidis; Moises Hurtado, Fuster, Yeste e Riera; Ibagaza e Pantelic

Grupo G
Se repetir o desempenho da temporada passada, o Porto é o favorito para o primeiro lugar da chave. O Shakhtar seria o favorito para ficar com a outra vaga, enquanto o Zenit correria por fora. O Apoel deve apenas assistir à disputa dos outros.
Porto
Sem Falcao Garcia, e com Hulk assumindo, cada vez mas, o papel de protagonista, o Porto tentará repetir o grande futebol que levou ao título da Liga Europa. É favorito para passar de fase.

Time-base: Hélton, Sapunaru, Otamendi, Rolando e Fucile; Souza, João Moutinho e Guarin; Varela, Hulk e Kléber
Shakhtar Donetsk
O Shakhtar fez uma ótima campanha na Liga dos Campeões passada e tenta agora repetir a dose ou alçar voos mais altos, mantendo a base.O time conta com muitos talentos brasileiros do meio para a frente, como Jadson, Fernandinho, Willian, Dentinho, Eduardo da Silva, Douglas Costa, Alex Teixeira, Alan Patrick, Luiz Adriano, além do boliviano Marcelo Moreno que já defendeu a seleção brasileira de base e já jogou no Vitória e no Cruzeiro.
Time-base: Pyatov, Shevchuk, Hübschman, Chygrynskiy e Rat;  Srna, Jadson, Fernandinho e Willian; Dentinho e Eduardo da Silva
Zenit
Tem que jogar muita bola e torcer para Porto e Shakhtar não repetirem o desempenho da temporada 2010/2011. Tem nomes conhecidos com Bruno Alves, Criscito, Danny Miguel e Rosina.
Time-base: Malafeev, Anyukov, Bruno Alves, Lombaerts e Criscito; Denisov, Zyryanov, Danny Miguel e Rosina; Kerzhakov e Bukharov
Apoel
Deve apenas cumprir tabela.
Time-base: Chiotis, Poursaitides, Nuno Morais, William Boaventura e Paulo Jorge; Charalambides, Hélio Pinto, Manduca e Marcinho; Esteban Solari e Aílton.

Grupo H
A chave reúne Barcelona e Milan. Bastava que um dos outros dois concorrentes tivesse alguma qualidade para transformar o grupo em um dos mais equilibrados, mas os adversários dos gigantes serão o Bate e  Viktoria Plzen
Barcelona
Atual campeão, o Barcelona entra na atual temporada tão favorito quanto na passada. O time não perdeu nenhum titular e ainda ganhou reforços como Fábregas e Alexis Sanchez, além do crescimento de Thiago Alcântara durante a pré-temporada.
Time-base: Valdés, Daniel Alves, Puyol, Piqué e Abidal; Busquets, Xavi e Iniesta; Messi, Pedro e David Villa.
Milan
O atual campeão italiano deverá lutar com o Barcelona pelo primeiro lugar da chave, embora seja zebra nessa disputa. O time contratou pouco, mas se reforçou bem com as chegadas de Mexés e Taiwo. Robinho deverá seguir sendo um jogador muito útil para o time que irá depender, mais uma vez, dos gols de Ibrahimovic.
Time-base:Abiatti, Zambrotta, Nesta, Thiago Silva e Taiwo; Van Bommel, Kevin Prince Boateng, Seedorf; Cassano, Pato e Ibrahimovic.
Viktoria Plzen
Figurante, é favorito para ficar com a vaga na Liga Europa
Time-base: Marek Cech, Limbersky, Sevinsky, Bystron e Cisovsky; Pilar, Horvath, Petrzela, Jiracek; Duris e Bakos.
Bate
Grande azarão do grupo. Pode tentar superar o Plzen na luta por uma vaga na Liga Europa.
Time-base: Gutor, Simic, Yurevich, Filipenko e Shitov; Likhtarovic, Patotsi, Kontsevan, Rudik e Renan Bressan; Rodionov.

LEANDRO SILVA
é jornalista esportivo e escritor, autor do livro A União de uma Nação, sobre o título brasileiro de 1988, conquistado pelo Bahia, e escreve para o blog
www.leandrosilva81.blogspot.com .No twitter @leandrosilva81

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Neymar e a Vila Belmiro

Posso estar enganado, mas Neymar, na minha opinião, não tem conseguido atuar tão bem fora de casa quanto quando joga na Vila Belmiro. No estádio santista, o atacante tem brincado de jogar bola. Ele atua se divertindo, claramente, e encantando a torcida. No entanto, não joga com tanta desenvoltura quando sai de casa.

Na Seleção, a diferença das atuações de Neymar, com relação àquelas com a camisa do Santos, é ainda maior. No time paulista, Neymar é realidade e principal astro, mas na Seleção ainda é promessa. Ainda precisa fazer muito para consolidar seu espaço. No jogo contra o Bahia, em Pituaçu, o atacante comprovou isso. Fez boas jogadas, um gol de pênalti, mas não conseguiu ser consistente durante todo o jogo. 

Bobô

O Bahia ainda precisa jogar tão bem dentro de casa como joga como visitante

O Bahia já encontrou uma forma interessante de jogar fora de casa, neste Brasileiro, encarando de igual pra igual até as melhores equipes. Em Pituaçu, por outro lado, ainda tem dificuldades para superar até os mais fracos. É preciso identificar o que vem causando essa diferença de postura a depender do local do jogo.

Além disso, será uma tarefa para René Simões conseguir criar um padrão único de jogo para não haver essa queda de rendimento quando o Bahia joga em casa, porque os pontos conquistados longe de Salvador são muito importantes, mas o tricolor precisa se garantir com bons resultados como mandante. O importante é se fazer respeitar e se impor em casa, para conquistar os pontos que façam o time subir na classificação. Contra o Santos, o Bahia jogou muito bem, mas não conseguiu vencer.

Bobô

A Seleção Brasileira sente a falta de um camisa 9

A Seleção Brasileira não encanta desde o Mundial do ano passado na África do Sul, segue com derrotas em amistosos e eliminação nas quartas-de-final da Copa América, e sente falta de um camisa 9, que sempre fez a diferença em favor dela. Basta lembrar que nos dois títulos mundiais mais recentes, a equipe contava com um atacante fora de série, embora em 1994 tenha usado a 11. Romário e Ronaldo não faziam apenas gols. Jogavam muito e colocavam medo nos adversários, com o senso de improvisação, o raciocínio rápido, a visão de jogo, explosão e habilidade.

Luis Fabiano poderia ser o centroavante da Seleção, mas possui características muito diferentes das de craques como Romário e Ronaldo. Adriano também não é esse jogador, embora tenha grandes qualidades. Hoje vemos muitos atacantes talentosos, de velocidade, que jogam fora da área, ou outros com presença de área e finalizadores. A dificuldade está em encontrar estes nomes que consigam aliar todas essas características, como Romário e Ronaldo bem faziam.

Uma Seleção sempre conta com um grupo talentoso, mas que precisa de, pelo menos, um ou dois (o 9 e o 10) acima da média. Hoje, é um desafio para o treinador encontrar uma forma de jogar sem esse legítimo centroavante. Uma alternativa seria a volta de Ronaldinho Gaúcho, que vem jogando muita bola, e Kaká, para chamarem a responsabilidade e passarem tranquilidade para jovens como Leandro Damião buscarem seu espaço.

Bobô

domingo, 14 de agosto de 2011

Bobô é destaque na capa do jornal A Tarde deste domingo

A capa do jornal A Tarde deste domingo (14/8) destaca o ídolo Bobô, relembrando a final de 1988 e dando dicas para o jogo entre Bahia e Internacional deste domingo. Segue o texto de Ricardo Palmeira:

"Já faz tempo que ele trocou os uniformes de jogo pelos ternos de administrador público. Contudo, por dentro da austera imagem de Superintendente dos Desportos do Estado da Bahia, a alma e o coração tricolor permanecem intactos. E basta Bahia e Internacional voltarem a se enfrentar para a figura deste ídolo ser lembrada de novo. 

Hoje, às 18h30, pelo Brasileirão, o tricolor recebe o Colorado em Pituaçu. Jogo este que automaticamente remete à final do campeonato de 1988.Falar naquela final é falar de Bobô. Hoje à noite, o ex-jogador será apenas mais um torcedor acompanhando o Esquadrão, e mesmo assim, com a moral de quem foi o herói na conquista do título mais importante da história do Bahia, dá dicas de como superar o forte Internacional.

“É preciso jogar com muita consciência. Não adianta querer ganhar só no grito da torcida. O Inter é um time qualificado, que sabe aliar técnica e força. Espero que o Bahia saiba usar a sua melhor arma, o contra-ataque. É uma válvula de escape que pode funcionar, pois o Bahia é um time muito rápido”, diz.

Para Bobô, apesar de ainda não ser possível falar em um novo título brasileiro, o Esquadrão de 2011 tem tudo, hoje, para dar uma alegria semelhante à de 1988 e bater novamente o Internacional. “O Bahia é favorito. Não só pela fase difícil que atravessa o Inter, mas também por jogar em casa e ter um time muito bom”, afirma o craque, que só tenta se esquivar de uma resposta quando é perguntado sobre quem pode ser o Bobô desta noite. 

“Já fui jogador e sei o quanto pesa ter uma grande responsabilidade. Não quero transmiti-la à ninguém. Mas se tivesse que apostar em alguém para decidir o jogo de hoje, apostaria em Jobson, Ávine ou Carlos Alberto. São três grandes jogadores. O Jobson mesmo tem potencial para jogar na Seleção”, avalia. “Agora, para mim, o maior e mais regular craque do Bahia é a torcida. Essa nunca falha. É estádio lotado todo jogo”, emenda.

Coração tricolor
Basta falar da torcida para o coração de Bobô se emocionar. Os quatro títulos (três baianos e um brasileiro) obtidos em cinco anos (1986-89 e 1995-97) como profissional do clube são mais do que suficientes para que ele seja reverenciado onde quer que vá.

“Comecei a amar o Bahia no primeiro dia que pisei na Fonte Nova com a camisa do time. É um clube apaixonante”, diz. “O Brasileiro de 1988, nem que eu quisesse, conseguiria esquecer. Aonde eu vou, aparece um torcedor para me lembrar dele”, complementa.

E é justamente baseado neste calor humano que Bobô manda aquele que considera o seu recado mais importante. “A torcida do Bahia é impressionante. Quem veste esta camisa tem de ter a dimensão da grandeza que ela representa. Nós, em 1988, sabíamos disso e por isso vencemos aquela final. Agora, esta nova geração tem este compromisso: continuar dignificando o clube e dar uma resposta de gratidão à torcida”, finaliza".