quarta-feira, 30 de março de 2011

Folclórico, mas bom de bola



O atacante Sassá, do Ipitanga, é um dos destaques do Campeonato Baiano. Chama a atenção por ser folclórico, mas também por ser bom de bola e é preciso que essa característica seja mais valorizada para não prejudicá-lo e  causar o desperdício de um grande talento. Pelo segundo ano consecutivo, o garoto vem liderando a artilharia do Campeonato Baiano. No ano passado, foi o artilheiro com 13 gols e neste ano já fez oito e ainda tem 22 anos. O feito ainda deve ser mais enaltecido, pois ele defende o Ipitanga, que está lutando contra o rebaixamento desde o ano passado.

Quando vejo o personagem Sassá, com aquela risada exótica, o que enxergo de verdade é um menino que corre atrás do sonho de ser um grande jogador profissional. Você lembra do Jacozinho? Ele se destacou no futebol alagoano e ficou muito conhecido pelas suas brincadeiras e tiradas engraçadas. O que acabou ofuscando a sua qualidade como grande jogador que foi. Temo que Sassá passe pelo mesmo. Até por isso, hoje em dia, a maioria dos atletas de ponta tem profissionais da comunicação responsáveis por trabalhar as suas imagens. 

Vejo muita qualidade e torço por esse rapaz humilde, que nasceu em Caldeirão do Mulato, no povoado do município de Antônio Gonçalves, e que defendeu, assim como eu, a seleção da minha cidade, Senhor do Bonfim, no Intermunicipal. Será que ele não teria condições de jogar em um grande clube, como o Bahia ou o Vitória? O que é que você acha? 

Quando comecei a jogar futebol, na Catuense, todo mundo tirava sarro com o meu apelido, chamava de bobo. Há pouco tempo, o Vitória apostou em Neto Berola, que se destacava no Baiano pelo Itabuna, mas também era ironizado por muitos. O jogador mostrou qualidades, Luxemburgo gostou, levou para o Atlético, e hoje ele está muito bem no time mineiro. Vale a pena seguir o exemplo.

Bobô

terça-feira, 29 de março de 2011

A Copa 2 de Julho fortalece o trabalho de base na Bahia

Há exatamente quatro anos, vem ocorrendo, no nosso Estado, uma competição de futebol sub-17 denominada Copa 2 de Julho. O nome foi escolhido para comemorar esta data diante da importância ímpar para o Brasil, com significado especial para a Bahia, tendo em vista que, nesta data, no ano de 1823, os baianos concluíram a expulsão das tropas portuguesas do Brasil. Infelizmente, os integrantes dos clubes visitantes, pouco sabem ou nada sabem da nossa data magna.

Ademais, o Nordeste sempre foi carente de competições de futebol de base, obrigando aos clubes da nossa região investirem, mesmo com grandes sacrifícios para participarem de competições de bom nível. Normalmente no Sudeste e Sul do País. Os nossos dois grandes clubes, Bahia e Vitória, sempre se fazem presentes nas boas competições fora do Estado e por diversas vezes participaram de competições fora do País, na Europa, Ásia e América do Norte.

Dessa maneira, como ocorre no futebol profissional, Bahia e Vitória, cada vez mais se distanciam dos demais clubes baianos também no trabalho de formação de atletas. Face a essa carência de competições de divisão de base, nasceu a Copa 2 de Julho de Futebol Sub-17, que é a realização de um evento de nível nacional e internacional.

Esta Copa permite aos demais clubes baianos, considerados menores, ter a oportunidade de disputar uma competição de qualidade, enfrentando grandes clubes do Brasil e do exterior, proporcionando uma qualificação maior de trabalho. Todas os clubes profissionais da Bahia, tanto da 1ª como da 2ª divisão, que possuem trabalho dessa natureza, são convidados para esta competição, a exemplo do Fluminense de Feira, Astro, Feirense,Catuense, Atlético de Alagoinhas, Galícia, ABB, Salvador,. Atlântico, Ypiranga além, é claro, de Bahia e Vitória e as seleções dos municípios baianos parceiros no evento.

Esta competição vem crescendo a cada ano, nessas quatro edições participaram clubes como: Flamengo/RJ, Vasco/RJ, Botafogo/RJ, Fluminense/RJ, São Cristóvão/RJ, Palmeiras/SP, São Paulo/SP, Portuguesa dos Desportos/SP, Pão de açúcar/SP, Internacional/RS, Grêmio/RS, Figurense/SC, Cruzeiro/MG, Atlético/MG, Goiás, Náutico/PE, Fortaleza/CE, América/RN, Corinthians/AL, Confiança/SE, Alético/PR, Coritiba/PR, entre outros, além da Seleção Brasileira da categoria. Participaram, também, clubes do exterior como o América e o Santos do México, Academia Canadá, Oriente Petrolero da Bolívia, Maracaibo da Venezuela, AFC-Stamford da Inglaterra e San Juaquim da Colômbia.

Nas edições de 2007 e 2008, cujas finais foram realizadas na cidade de Porto Seguro, a campeã foi a equipe do Internacional de Porto Alegre, que venceu o Cruzeiro de Belo Horizonte e o Atlético do Paraná, respectivamente. Já nos anos de 2009 e 2010 a vencedora foi a Seleção Brasileira da categoria, vencendo a Portuguesa de Desportos em 2009 e o São Paulo em 2010. As finais foram disputadas em Camaçari.

Estamos quase prontos para a edição 2011. Já temos a esta altura a confirmação de grandes clubes como: Flamengo, Vasco, São Paulo, Portuguesa de Desportos, Internacional, Cruzeiro, Figuerense, Avaí, Chivas do México, e o The Village dos USA, entre outros. Muitas cidades do nosso estado participam de 2 de Julho, sediando os jogos como: Camaçari, Dias D’Ávila, Pojuca, Araçás, São Sebastião do Passé, São Francisco do Conde, Santo Amaro, Candeias, Cachoeira, Conceição da Feira, Feira de Santana e Terra Nova. A Copa 2 de Julho, veio para ficar, já é considerada a melhor da categoria Sub-17 do Brasil, integrando o calendário da federação Bahiana de Futebol que é a grande parceira do evento.

Sinval Vieira
é radialista e comentarista esportivo, advogado e ex-dirigente de futebol. Trabalha na Rádio Transamérica e na Sudesb.

sábado, 26 de março de 2011

Concorra a duas camisas retrô do ídolo Bobô


Quer concorrer a uma linda camisa retrô do ídolo Bobô? É fácil. Basta deixar um comentário neste post,  completando uma história iniciada com a frase: “Eu preciso ganhar essa camisa porque ela me faz lembrar de...” . Os autores das duas histórias escolhidas pelo ídolo ganharão uma camisa (um ganhará a camisa tricolor e o outro, a branca), terão suas histórias publicadas no blog e a entrega das camisas também será publicada no blog.

Refresque a memória, deixe a emoção rolar solta, fale do seu amor pelo Bahia e conte quais lembranças essa camisa te traz. Junto com a história, não se esqueça de colocar seu nome completo e e-mail para contato. Os vencedores serão anunciados neste blog no dia 26/04/2011. Participe e divulgue o blog do ídolo para seus amigos no twitter, facebook, Orkut, e-mail...

As duas camisas vêm com o número 8, que marcou toda a carreira do ídolo, às costas, e o número 88, à frente, em referência ao título Brasileiro de 1988 conquistado pelo Bahia, a camisa traz ainda o autógrafo do craque. A Liga Retrô, empresa responsável pela criação, já fez camisas personalizadas de outros ídolos como Assis, do Fluminense, Modesto Bria, Carlinhos e Evaristo, do Flamengo, Pelé e Pepe, do Santos. Um grupo seleto do qual o ex-jogador de Bahia, São Paulo, Flamengo, Fluminense, Corinthians, Internacional e Catuense faz parte.

terça-feira, 22 de março de 2011

Dica cultural: Bobô indica livro 'O Mundo é bárbaro'

Eu recomendo o livro 'O Mundo é Bárbaro' porque o escritor, Luis Fernando Veríssimo, é um dos mais conceituados do País. É um gaúcho que eu admiro e que entende também muito de esporte, principalmente de futebol. A obra traz um olhar crítico sobre o cotidiano e o comportamento do homem no nosso tempo, além de ser bem atual, tratando até mesmo do desenvolvimento da China e da presidência de Obama, nos Estados Unidos, mostrando, de um modo geral, o que está acontecendo no mundo. O texto é conceituale atual e eu gosto muito desse tipo de literatura. Vale a pena ler. Espero que você goste. 

Bobô

sexta-feira, 18 de março de 2011

É necessário criar uma aposentadoria especial para ex-atletas

O atleta dedica grande parte da sua vida à sua modalidade esportiva. Seu suor e sua dedicação são convertidos em sorrisos e até lágrimas de felicidade dos seus fãs. Durante todo o período em que estão na ativa, os desportistas representam e honram seus municípios, estados, países e agremiações. No entanto, depois que a carreira se encerra a situação se complica para muitos. Como o tempo de atuação é curto, os atletas ficam sem direito a uma aposentadoria e precisam trabalhar em média de 15 a 20 anos em outras profissões para alcançar tal direito, mas muitos não possuem capacitação e, sequer, condições físicas para ingressar no mercado de trabalho em outras funções. Se o caso dos ex-jogadores de futebol é complicado imagine o dos ex-atletas de outras modalidades que nem ao menos assinam a carteira de trabalho profissional. Por tudo isso, é imprescindível que seja criada uma aposentadoria especial para ex-atletas no Brasil, com um tempo diferenciado de contribuição.

Na Bahia, com estes problemas da aposentadoria e um sindicato dos jogadores de futebol pouco atuante, os ex-atletas podem contar apenas com a Agap, que é ligada à Faap. A Agap recebe recursos da Faap e conta com as mensalidades de seus sócios para promover a integração dos ex-jogadores no mercado de trabaho, através de cursos de capacitação e profissionalizantes. Nas situações mais críticas, ela faz até doações.  O ideal, no entanto, era que não fossem necessárias.

Pensando nisso, o Governo Federal, em outubro de 2009, trouxe essa discussão para a Bahia em um evento sobre aposentadoria que abordou a questão específica dos atletas e dos músicos. O assunto, teve sua importância, desde então reconhecida. No entanto, tem que continuar sendo amplamente discutido pela sociedade em todos os estados porque os ex-atletas deram muitas alegrias para todo o povo e terminam desamparados ao final da carreira. A Câmara Federal precisa abraçar esta causa para que os ex-atletas tenham uma vida digna.

Não é um favor. É apenas reconhecimento por todos os serviços prestados. E você, o que acha disso?

Tricolor irá casar vestido com camisa autografada pelo ídolo Bobô

Bobô e o fã Diogo. Foto: Paulo Neves
Nesta sexta-feira (18/3), o torcedor tricolor Diogo Grisi, prestes a completar três décadas de vida e de se casar, entrou em um túnel do tempo e teve um dia muito especial. "Eu tenho uma admiração muito grande por Bobô. Tinha sete pra oito anos quando o Bahia foi campeão brasileiro (em 1989). Ele dividia um apartamento com Sandro (ex-atacante), na Rua Bahia, na Pituba. Eu morava perto e sempre que ele passava em um carro conversível eu ficava gritando: 'Bobô, Bobô'. E ele me caregava, falava comigo. Até hoje tenho os autógrafos que ele me deu naquela época", dizia Diogo, antes de rever o ídolo.

Por falar em autógrafo, foi esse o motivo do reencontro justamente no 'dia do fã'. Diogo, que hoje mora em Santo Antônio de Jesus, irá casar no início de abril e, por causa do seu fanatismo, irá entrar na igreja ao som do hino do Esporte Clube Bahia, com a camisa do tricolor por baixo da roupa de gala. Mas ainda faltava um importante detalhe. A assinatura do seu maior ídolo na camisa, para dar sorte. "Tinha que ser o autógrafo dele. Para mim, Bobô foi para agente em 1988 o que Romário foi para a Seleção em 1994 (na conquista da Copa do Mundo). Aquilo foi um divisor de águas até para a auto-estima dos tricolores e dos baianos", disse.

Durante o encontro, Diogo parecia não acreditar no que estava acontecendo. Bobô também estava emocionado e lembrou dos passeios com o parceiro Sandro, no carro conversível, pela Rua Bahia. Para completar, Diogo ganhou uma camisa retrô do ídolo, recém lançada pela Liga Retrô.Um presente muito especial para o casamento.

Além de casar vestido com o manto tricolor, Diogo teve uma outra ideia. "Minha noiva, Maria Fernanda, queria que eu jogasse um whisky para os convidados, porque disse que agora os noivos estão fazendo isso. Mas não tinha a minha cara, enão eu resolvi jogar uma camisa do Bahia, autografada por Bobô porque eu sou fanático e minha família toda também é", explicou Diogo.

E qual a reação da noiva? "Ela achou a ideia original e está me apoiando bastante", disse. A seu favor conta o fato de que Maria Fernanda também é tricolor. Ele garante, entretanto, que não foi coincidência. "Era condição eliminatória, sem dúvida. Ela já torcia para o Bahia e tem um padrinho que também é fanático". Ao final do encontro, Diogo se dizia "em órbita" e não cansava de agradecer. Que ele e Maria Fernanda tenham muita sorte no casamento.

Bobô autografando as camisas de Diogo. Foto: Paulo Neves

LEANDRO SILVA
é jornalista esportivo e escritor, autor do livro A União de uma Nação, sobre o título brasileiro de 1988, conquistado pelo Bahia, e escreve para o blog www.leandrosilva81.blogspot.com . No twitter @leandrosilva81

quinta-feira, 17 de março de 2011

Força, Japão

Gostaria de manifestar a minha solidariedade a todo o povo japonês que vem sofrendo muito com as tragédias que estão atingindo o país nos últimos dias. É impossível ficar indiferente diante de tamanho sofrimento.

O momento é muito difícil. Tenho certeza, entretanto, que os japoneses terão muita força para reconstruir o país, mais uma vez. Neste momento, todo o mundo está orando pelo Japão, independente de suas etnias e crenças. Estamos enviando pensamentos positivos para que o caminho para a reconstrução seja menos árduos e para que a dor da perda seja diminuída.

Força, nação japonesa.

Bobô

quinta-feira, 3 de março de 2011

Em 2009 Caetano Veloso assistiu a jogo em Pituaçu ao lado de Bobô

Bobô é fã declarado de Caetano Veloso. Caetano fez uma homenagem ao ídolo do clube do qual é torcedor declarado, o Esporte Clube Bahia, em uma de suas composições, "Reconvexo", consagrada na interpretação de sua irmã Maria Bethânia. Pois bem. E o encontro público mais recente entre os dois chamou a atenção da imprensa que foi cobrir ao jogo entre Bahia e Poções, pelo Campeonato Baiano de 2009, no recém reinaugurado estádio de Pituaçu.

Estavam juntos, dando entrevistas, posando para fotos, ou cumprimentando e conversando com os presentes, dois torcedores declarados e ilustres do Esporte Clube Bahia e mais do que isso: dois dos maiores ícones da baianidade. Cada um no seu ramo de atuação, Caetano e Bobô fizeram e fazem o Brasil se render aos seus talentos.

Com a bola nos pés, Bobô ajudou a levar um clube do Nordeste ao maior título do País e chegou até à Seleção Brasileira. Com um microfone e com um violão, Caetano conquistou uma legião de fãs de todas as gerações, protestando, fazendo o povo brasileiro pensar e também se encantar com suas letras e suas interpretações.

Em seu blog, Obra em progresso, Caetano comentou a sua visita ao estádio para ver o seu tricolor.
O Pituaço, que é como a torcida do Bahia chama o estádio de Pituaçu, é bonito pra caramba. E ver a Bamor é experiência única. A Bahia é o único lugar onde se vê futebol com samba-reggae. E as palmas sincopadas que a galera bate? Só a elegância sutil de Bobô - que rima perfeitamente com a risada de Andy Warhol: gente do passado, lembra de “O rock errou”?, e das rimas de Rita em “Esse tal de Roque Enrou”?, também: conhecem rima toante, poesia espanhola, J.C. de Mello Neto? - a elegância de Bobô, eu dizia, por si só, já valeria uma ida ao novo estádio (que o governo de Jaques Wagner entrega à cidade com naturalidade suficiente). Mas o povo de Salvador naquele lugar, sob aquela luz e reagindo com aquele suingue, é luxo só. Tive enormes saudades de Tom. Ele teria adorado. O jogo, o Bahia contra o Poções (time da cidade de mesmo nome, próxima a Conquista, me dizem), foi bom. Começou morno e parecia que ia continuar assim. Mas eu acho que os jogadores do Bahia perceberam que os poçõenses não estavam a fim de levar uma goleada igual à que tinham levado do Vitória (acho que 6 a 0) e reuniram forças e animação para fazer um gol em cada tempo. Os interioranos marcavam homem a homem - e não desistiram de lutar mesmo depois de alvejados. Mas o Bahia conseguiu fazer jogadas bonitas. Mas estas (como é tão freqüente no futebol) não foram as que produziram os gols. Os gols foram surpresas excitantes e algo desconectadas da lógica do jogo. Pensei muito no livro Veneno Remédio, de Zé Miguel Wisnik. E saí feliz.

Saiba o que é pubalgia e como tratar


Pubalgia significa dor na região do púbis, uma área localizada na bacia, onde se originam os músculos adutores. Também é conhecido como virilha ou região inguinal. É mais comum nos homens e principalmente nos adultos. E isso ocorre devido à maior atividade física dos indíviduos do sexo masculino, principalmente o futebol.
Deve-se ter cuidado para não confundir a pubalgia com a prostatite (inflamaçao da próstata) infecção urinária e principalmente hérnia inguinal. O exame clínico feito por um médico, associado a exames complementares como raixo-x da bacia, ultrassonografia ou até mesmo ressonância consegue definir a verdadeira origem da dor.

Os principais sintomas da pubalgia são: dor no púbis, principalmente ao levantar-se, tossir ou chutar, aumento da dor com a corrida e diminuição da abertura das pernas. Em nosso meio esportivo a principal causa de dor no púbis é o treinamento mal executado, principalmente pela falta de alongamento antes e após as atividades físicas, terreno de jogo duro, uso de chuteiras inadequadas e até o não uso das mesmas. O principal fator, entretanto, ainda é a falta de prevenção através de exercícios específicos e o fortalecimento muscular. Essa prevenção deve ser feita pelo médico e fisioterapeuta do clube no momento do exame inicial do atleta, descobrindo desequilíbrios musculares e ósseos que possam vir a desencadear a pubalgia.

Infelizmente, a diversidade de biotipo dos nossos atletas de futebol, associado às condições ruins dos nossos campos, principalmente no futebol amador faz com que os atletas que conseguem se profissionalizar  já cheguem nas equipes profissionais com a pubalgia instalada, crônica e de difícil tratamento. Além disso, existe um vício dos nosso atletas em não se submeterem ao tratamento de prevenção porque estão sem sintomas naquele momento, deixando de lado o maior aliado para evitar o surgimento da lesão no púbis, a fisioterapia preventiva.

O tratamento da pubalgia depende de alguns aspectos, mas o principal deles é o sintoma do atleta. Se ele encontra-se na fase aguda de dor intensa, o repouso associado ao uso de antiinflamatórios e fisioterapia é a melhor escolha. Com a melhora da dor inicia-se então o trabalho de reequilíbrio muscular, alongamento e retorno leve às atividades. O uso de infiltrações com corticóides só deve ser feito no atleta como exceção. Ou seja, se o mesmo encontra-se com dor intensa que não obteve melhora com fisioterapia e medicamento. Mesmo assim deve-se pesar muito os riscos e benefícios e sempre procurar evitá-la.

O tratamento cirúrgico é a última opção em casos de pubalgia e deve ser feito quando há uma calcificação importante ao redor do púbis, com dificuldade do atleta em caminhar e até mesmo abrir os membros inferiores e já tenha-se esgotado todos os recursos não cirúrgicos. A cirurgia não é garantia de cura total dos sintomas, mas quando empregada deve ser seguida depois de intensa atividade fisioterápica para prevenir o retorno dos sintomas.

Portanto, podemos concluir que a pubalgia é uma doença perfeitamente prevenível. Depende apenas da prática de medidas simples, baratas e que podem ser feitas dentro do próprio clube, através de uma boa avaliação inicial dos atletas e de programas específicos de prevenção. Para os atletas amadores, que não dispõem dessas facilidades, o conselho é sempre jogar com chuteiras, evitar campos muito duros ou esburacados, fazer alongamentos e fortalecimento muscular e repouso de atividades esportivas assim que os sintomas iniciarem.

Doutor Marcos Lopes
Ortopedista e vice-presidente médico do Esporte Clube Bahia

quarta-feira, 2 de março de 2011

Pedro Amorim e Bobô - craques de Senhor do Bonfim e suas semelhanças

Confira ótimo texto do Blog História do Futebol sobre dois grandes craques da cidade baiana de Senhor do Bonfim, Pedro Amorim e Bobô:

Pedro Amorim:
Pedro Amorim Duarte, filho de um rico comerciante e fazendeiro da cidade de Senhor do Bonfim, na Bahia, só queria jogar futebol. Dono da bola nas peladas da Praça Nova do Congresso, era o artilheiro mais aplaudido pelos adultos e dividia seus sonhos entre ser profissional de futebol e médico. Por isso, não mentia a seu pai quando dizia que, um dia, se formaria em médico.

Transferido para Salvador, onde estudou no internato do Liceu Salesiano e no Colégio Ipiranga, logo ganhou uma vaga na seleção de novos. Depois aceitou jogar no Esporte Clube Bahia. Nos treinos, seus dribles desmoralizantes no zagueiro Gaia, foram retribuídos com um desleal pontapé. Pedro Amorim desmaiou e foi proibido pelo irmão de jogar futebol. Mas a paixão pela bola foi mais forte e, um ano depois de estrear no Bahia foi emprestado ao Botafogo de Salvador, onde começar a jogar na ponta direita. E foi nessa nova posição e nesse novo clube que despertou interesse do Fluminense do Rio de Janeiro.

O Fluminense vinha de um tri campeonato – 1936/37/38. Pedro Amorim sentiu dificuldades de se entrosar com seus novos companheiros, craques consagrados na seleção brasileira. Quando começou a mostrar seu verdadeiro futebol, sofreu uma entrada violenta do zagueiro Rubens do Madureira e ficou de fora da equipe por um bom tempo. No final do ano de 1941 retornou ao posto de titular e foi convocado para a seleção brasileira pela primeira vez.

Em 1946 foi um ano de ouro para Pedro Amorim. Foi super campeão carioca ao lado de Ademir Menezes, campeão brasileiro pela seleção carioca e, se formou em medicina. Formou em ataques considerados como excepcionais. Na seleção carioca – Pedro Amorim. Zizinho. Heleno. Ademir e Vévé. Na seleção brasileira – Pedro Amorim. Romeu. Leonidas. Tim e Patesco. Pedro Amorim faleceu no dia 25 de setembro de 1989 quando ele já se encontrava clinicando no sertão da Bahia.

Marcou 188 gols em 310 jogos pelo Fluminense e 55 gols pelo Bahia pela seleção brasileira 4 jogos e 2 gols.

Bobô:
Raimundo Nonato Tavares da Silva, o Bobô, (Senhor do Bonfim, 26 de novembro de 1962), é um ex-futebolista brasileiro, atacante que despontou no Bahia, mas que também jogou no São Paulo, Flamengo, Fluminense e Corinthians.

Eleito um dos maiores ídolos do Bahia de todos os tempos, Bobô foi o líder da equipe comandada por Evaristo de Macedo, que surpreendeu a todos e conquistou o Campeonato Brasileiro de 1988.Bobô começou sua carreira na Catuense e, em seguida, foi contratado pelo Bahia, clube que defendendeu entre 1984 a 1989.

Em 1989, portanto, após a conquista do Brasileirão pelo Bahia, Bobô teve seu passe negociado com o São Paulo pela soma de U$ 1 milhão, valor exorbitante para os padrões da época. Depois foi emprestado ao Flamengo.

Depois foi negociado com o Fluminense. No tricolor carioca, voltou a viver um bom momento em sua carreira, quando compôs um eficiente ataque ao lado de Ézio.Depois disso, o jogador ainda teve rápidas passagens por Corinthians e Internacional. Todavia, em 1996, com apenas 34 anos de idade, Bobô vestiu a camisa do Bahia mais uma vez, a fim de encerrar sua carreira no clube onde virara ídolo.

No Fluminense, Bobô jogou 25 jogos e marcou 14 gols e sagrou-se campeão da Taça Guanabara de 1992 pela seleção 3 jogos.