terça-feira, 20 de setembro de 2011

A ausência de um clube baiano na segunda fase da Série D reflete problemas do futebol na Bahia e na região Nordeste

Quando o Bahia de Feira desbancou o Vitória e conquistou o Campeonato Baiano, eu achei que, neste ano, o Estado poderia ter um representante subindo para a Série C do Brasileiro. No entanto, não foi o que aconteceu e tanto Bahia de Feira quanto Vitória da Conquista não conseguiram nem passar da primeira fase, em um grupo que teve o Coruripe, de Alagoas, e o Treze, da Paraíba, como classificados. Isso mostra que os clubes baianos, bem como os outros da região Nordeste, ainda estão atrasados, principalmente na questão de abertura do clube para os sócios e alternância de poder. E isso se reflete em campo. 

Times de dono parecem coisas do passado, mas ainda é o que mais se vê no Nordeste do Brasil. Enquanto isso, a Série A tem apenas dois clubes da região (Bahia e Ceará), com riscos de queda, a Série B tem seis (Náutico, Sport, Vitória, Asa, Icasa e Salgueiro) e equipes muito tradicionais como o Fortaleza e o Santa Cruz estão nas séries ainda mais inferiores. 

No caso da Série D deste ano, o Bahia de Feira tinha um time muito bom e bem treinado durante o Campeonato Baiano, tanto que ganhou o título, mas faltou poder econômico para segurar o elenco vencedor e perdeu quatro dos seus principais jogadores. O meia Bruninho foi para o Cruzeiro e o goleiro Jair, o meio-campista Diones e o atacante João Neto foram para o Bahia. E as reposições não deram o resultado esperado. Já o Vitória da Conquista começou muito mal e só reagiu quando já estava eliminado. Ainda venceu o Bahia de Feira e contribuiu para a eliminação do time feirense.

É preciso que os clubes baianos e nordestinos se modernizem, com administrações que tragam ideias novas e, ao mesmo tempo, não demonstrem apego ao cargo. Que os sócios tenham direito de escolher seus dirigentes e que a permanência de determinados grupos no poder estejam condicionadas ao mérito e à competência de suas gestões e não mais à falta de opção. Quando isso acontecer, planejamento será palavara-chave no vocabulário dos nossos dirigentes e os clubes da nossa região terão mais chances de competir com os das outras.

Bobô

Nenhum comentário:

Postar um comentário