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Foto: Paulo Neves |
O objetivo da comissão técnica da seleção brasileira era usar a Copa 2 de Julho sub-17 deste ano para preparar a equipe para o Sul-americano de 2011, por isso, vieram apenas jogadores sub-16. Mesmo com um grupo um ano mais novo do que os adversários (o que faz muita diferença em competições de base) e sem a pressão pela conquista do título, ela veio, com um triunfo, na decisão por pênaltis, por 5 a 3, contra o São Paulo, depois de um empate sem gols durante os 80 minutos normais e os 20 da prorrogação. Com isso, o tricolor paulista deixou a competição sem sofrer um único gol em seus nove jogos.
Depois da execução do hino nacional e do hino Dois de Julho, a partida começou no estádio Armando Oliveira, na manhã deste domingo (25/7), e a seleção brasileira começou melhor. Logo no início, Nathan invadiu pelo lado e chutou cruzado, mas a bola passou rente à trave. A segunda boa chance foi m chute de fora da área de Guilherme, para fora.
Como as melhores jogadas do Brasil nasciam nos pés do lateral-esquerdo Victor Giro, o técnico do São Paulo fez uma alteração prematura. Tirou o lateral-direito Gabriel e colocou o volante João, improvisando novamente Felipe Santos, forte na marcação, na ala-direita. Foi assim que o tricolor paulista conseguiu parar as jogadas de Rafinha, contra o Flamengo, nas quartas-de-final, e conseguiu seguir na Copa.
Logo depois, a seleção inverteu seus laterais. O time brasileiro se caracterizou durante a competição por essa constante mudança de posicionamento dos seus jogadores. Eles mudaram de lado algumas outras vezes durante a partida. No segundo tempo, de uma vez só, o Brasil colocou dois nomes fundamentais para a classificação na fase anterior contra o Vitória. Leonardo, que marcou os dois gols do confronto, e Mattheus, que deu o passe para o segundo.
A partida continuou equilibrada, mas com superioridade da seleção. A melhor chance foi de Natha, que conseguiu superar o goleiro, mas parou na trave. No rebote, Leonardo mandou por cima do gol. Antes do final do tempo normal, Mattheus ainda esteve perto de fazer um gol olímpico.
Na prorrogação, o filho do ex-atacante Bebeto, Mattheus, cobrou uma falta que parecia despretenciosa, mas a bola explodiu na trave. Depois da mudança de lado, o Brasil perdeu uma grande chance. Adryan deu um bonito passe de calcanhar e Lucas chutou para fora. No lance seguinte, Leonardo avançou pela esquerda e cruzou para área, Adryan chutou, mas Felipe fez mais uma ótima defesa.
Nos pênaltis, Luis Gustavo, Lucas, Marlon, Adryan e Mattheus converteram suas cobranças para o Brasil. Rodrigo, Hugo e Mirrai fizeram para o São Paulo, mas João chutou para fora.
Destaques - Dois jogadores da equipe campeã puderam também comemorar a conquista de prêmios individuais: Guido e Rodrigo. O primeiro, que é baiano, de Salvador, e tem um mês no Santos, depois de seis anos no Vitória, foi escolhido como melhor goleiro da competição. "Tenho que agradecer muito aos meus companheiros porque um prêmio desses não depende somente de mim, mas de todo o time. Eu gostei muito da competição porque teve um alto nível, reuniu grandes clubes do Brasil, e tem tudo para crescer cada vez mais", disse Guido.
O volante Rodrigo, escolhido como craque da Copa, ficou surpreso com a escolha e não escondeu a felicidade. "É difícil um volante ser escolhido como melhor jogador de um campeonato, por isso a surpresa, mas é um prêmio muito importante. E, principalmente o título, porque foi uma competição muito difícil. Como somos mais novos, os adversários usaram muito a força, mas a técnica prevaleceu". Por causa do estilo de jogo, o camisa 7 é comparado ao ex-volante da Seleção de 1982, Falcão. "Como jogo no Inter, todo mundo fala que pareço com ele jogando. Da minha época, eu acho o Hernanes um grande jogador, mas tenho meu próprio estilo", disse.
O atacante Guilherme, do São Paulo, ganhou o prêmio de artilheiro da competição, por ter feito nove gols. O único prêmio individual que não foi destinado às equipes finalistas foi o de revelação da Copa, que foi entregue para o meia Paulinho, do Bahia, de 16 anos. Mesmo sem ter ido jogar, o garoto marcou presença e comemorou a premiação. "Eu tô muito alegre. Esse é o meu primeiro troféu e espero que muitos outros venham por aí. Essa foi uma competição muito boa, muito pegada. E isso foi até bom para me dar mais experiência", disse o jogador, natural de Brasília, no Distrito Federal, que já passou por Corinthians, Santos e Cruzeiro e está desde o ano passado no tricolor baiano.
Seleção Brasileira: Guido, Lucas, Josué, Luiz Gustavo e Victor Giro; Emerson, Rodrigo, Marlon, Guilherme (Mattheus); Nathan (Adryan) e Lucas Piazon (Leonardo).
São Paulo: Felipe Passoni, Gabriel Modesto (João), Marcelo, Luiz e Miranda; Rodrigo, Felipe Santos (Almir Gullitt), Allan (Xavier) e Aílton (Mirrai); Ademilson Henry (Xavier) e Bruno Catanhede.