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Foto: Paulo Neves |
No mês passado, o baiano Daniel Alves, com a camisa 13 da Seleção Brasileira às costas, fez um gol decisivo, na semifinal contra a África do Sul, para o título da Copa das Confederações. Neste domingo (12/7), outro baiano, com o mesmo número, Romário, que também é lateral-direito, fez o gol que abriu o caminho para a vitória de 2 a 0 da Seleção sub-17 sobre a Portuguesa. O resultado deu o título da 3ª edição da Copa 2 de Julho à seleção canarinho. A competição é promovida pela Sudesb com o apoio da Federação Baiana de Futebol. O Armando Oliveira, em Camaçari, recebeu cerca de 6 mil torcedores para a decisão.
Antes da partida, houve uma cerimônia que contou com a presença de Raimundo Nonato, Bobô, diretor geral da Sudesb; Ednaldo Rodrigues, presidente da FBF; Elias Dourado, chefe de gabinete, da SETRE; Sinval Vieira, coordenador de excelência da Sudesb; além de outras autoridades locais. Os times ficaram perfilados e ouviram as execuções dos hinos do Brasil e da independência da Bahia.
Elias Dourado falou sobre a Copa 2 de Julho. "Essa Copa é uma iniciativa que em pouco tempo deu certo. E hoje tem um papel fundamental nessa faixa de idade. E o importante é que é justamente nela que os clubes estão de olho. A nossa expectativa é que ela venha a se firmar na categoria sub-17 como é a Copa São Paulo na categoria sub-18. Bobô voltou a ressaltar a importância da competição para fomentar o esporte na Bahia, dando a oportunidade de seleções locais disputarem partidas contra grandes clubes e até mesmo a Seleção.
O JOGO
A partida começou com muita marcação, o que fez com que os dois times tivessem poucas chances de gol. Aos 10 minutos, Zezinho entrou pela esquerda da área e bateu cruzado, mas o centroavante não alcançou. A Portuguesa deu a resposta no minuto seguinte, quando Ivan fez boa jogada pela direita, foi ao fundo, e cruzou para a área. Dessa vez, foi o centroavante Aílton que não alcançou.
Aos 15 minutos, o baiano com nome de craque, Romário fez grande jogada pela direita, pedalou e chutou de fora da área. O goleiro Gustavo falhou e o Brasil abriu o placa para festa da torcida presente. Outro momento de vibração para a torcida aconteceu três minutos depois. Ivan percebeu que o goleiro Alisson estava adiantado e tentou encobri-lo do meio de campo. No entanto, o arqueiro da Seleção se recuperou e fez uma grande defesa, arrancando aplausos.
Aos 25 minutos, Zezinho sentiu uma contratura muscular e deixou o campo para a entrada do segundo baiano do grupo, o meia Emerson. Aos 27 minutos, o Brasil fez uma grande jogada pela esquerda com Marcelo. Ele tocou para Wellington, que dominou bonito para a esquerda, mas foi travado na hora do chute. No rebote, Emerson chutou forte, mas o goleiro fez uma defesa difícil. O lance plasticamente mais bonito do primeiro tempo aconteceu aos 40 minutos, quando o camisa 10 da Lusa, Natal, deu um drible dando um giro de 360º que lembrou um antigo camisa 10 da seleção francesa, Zidane.
No segundo tempo, com o título nas mãos, a seleção diminuiu o ímpeto, fazendo com que o ritmo do jogo ficasse mais lento. Aos 7 minutos, Felipinho ainda perdeu uma chance clara de gol. Uma outra boa jogada aconteceu quando Wellington Silva, Wellington e Emerson triangularam na entrada da área, mas o baiano chutou por cima. No finalzinho do jogo, Wellington Silva sofreu um pênalti. E, aos 40 minutos, cobrou para balançar as redes e fechar o placar do jogo, garantindo o título para a Seleção Brasileira.
Depois do jogo, o capitão da Seleção, Gérson, reuniu o grupo para retribuir o carinho da torcida baiana que marcou presença e apoiou durante todo o tempo o time brasileiro. Depois, ele ainda carregou o troféu de campeão.
A Portuguesa perdeu a final, mas pode se orgulhar de ter sido o melhor clube da competição. O supervisor das divisões de base, Manoel Ramos, elogiou a organização. "O pessoal não deixou a gente na mão hora nenhuma. O pessoal de Feira de Santana foi fantástico. Não tem nem o que falar. Quando tem coisa ruim, a gente tem um caminhão de coisa para falar, né? É igual a árbitro. Quando ele não é comentado é porque foi bem".
O diretor de futebol de base do clube, Paulo Dogo, elogiou o nível da competição. "Pode se chamar essa copa de campeonato brasileiro da categoria". Ele elogiou o nível dos atletas e já contratou Galego, do real Minas. Ele disse que observou ótimos jogadores no Fluminense de Feira, mas não iria divulgar nomes, poisainda não fechou com eles.
Ficha Técnica:
Brasil:1 Alisson, 13 Romário (2 Alex), 3 Gerson, 14 Gerson Junior e 6 Dodô; 8 Patrick, 20 Warley, 11 Zezinho (7 Emerson) e 10 Wellington ( 16 Jeferson); 17 Felipinho (19 Wellington Silva) e 9 Marcelo (18 Lucas). Técnico: Lucho Nizzo.
Portuguesa: 1 Gustavo, 3 Guilherme, 5 Yago e 13 Bolacha; 14 Ivan, 7 Cimar, 8 Murilo, 10 Natal (Gimenes), 15 Jailson (9 Rodrigo) e 6 Alexandre (2 Ricardinho); 17 Aílton (18 Diego). Técnico: Rúbio Alencar.